01/Jul/2020

O baixo estoque de bois terminados e a demanda exportadora continuam a determinar o mercado do boi gordo. Em que pese o ritmo lento e baixa liquidez, enquanto alguns frigoríficos estão afastados dos negócios, outros continuam a utilizar as boas margens nas transações externas para pagar um pouco mais e ajustar suas escalas ainda curtas. Sendo assim, os preços continuam firmes. A cotação média do boi gordo no Brasil é de R$ 201,85 por arroba à vista e de R$ 200,64 por arroba a prazo. As escalas de abate no Brasil atendem, em média, 4,7 dias. Mesmo com a arroba valorizada, a maioria dos compradores encontra dificuldades para preencher suas programações.

As altas nas cotações devem se intensificar com o pagamento dos salários no início de julho e com o provável aumento de consumo de proteína animal, em função também da retomada de atividades comerciais e dos auxílios financeiros governamentais à população. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 201,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 187,00 por arroba à vista. No Paraná, as compras firmes dos frigoríficos exportadores dão suporte para os preços e o boi gordo está cotado a R$ 210,00 por arroba à vista. Em Santa Catarina, a cotação é de R$ 204,00 por arroba à vista.

As indústrias avaliam o escoamento e estão ajustando seu planejamento pensando no início de mês e no atendimento à demanda da primeira quinzena. O cenário nos próximos dias deverá ser mais firme, com aumentos de preços ao longo da semana. O viés ainda é de alta, pois os primeiros 15 dias do mês são sempre mais aquecidos no que se refere ao consumo no mercado interno. Em São Paulo, o boi casado de animais castrados está cotado a R$ 13,72 por Kg, avanço de 1,4% nos últimos sete dias. Os preços estão reagindo em função da perspectiva de atendimento à primeira metade de junho e pelos estoques de carne que estão em retração.