ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

01/Jul/2020

Carnes: 4 plantas suspensas de exportar à China

Segundo o Ministério da Agricultura, a China suspendeu importações de três unidades processadoras de carne do Brasil na segunda-feira (29/06), citando preocupações de Pequim de conter novo surto da epidemia de Covid-19. A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) solicitou recentemente informações sobre alguns estabelecimentos brasileiros que exportam para o país e que tiveram notícias divulgadas na imprensa do Brasil sobre casos de Covid-19 entre seus trabalhadores. A suspensão atinge uma unidade da Marfrig, em Várzea Grande (MT), uma unidade de frangos da JBS, em Passo Fundo (RS) e outra da Minuano, em Lajeado (RS), também está impedida temporariamente de exportar à China.

O Ministério da Agricultura está buscando junto à GACC as razões da suspensão dos três estabelecimentos, e, ao mesmo tempo, iniciou negociações para que as suspensões possam ser levantadas, visando à retomada por parte dessas empresas das exportações para a China. O Ministério da Agricultura também afirmou que suspendeu voluntariamente a exportação para China de um estabelecimento que teve suas atividades paralisadas em função de decisão judicial ligada aos procedimentos de prevenção da Covid-19 entre seus trabalhadores. Na semana passada, a China identificou o frigorífico como sendo da exportadora Agra Agroindustrial de Alimentos. Os principais frigoríficos brasileiros, JBS, Marfrig e Minerva assinaram declarações pedidas por autoridades chinesas dizendo que suas exportações estão livres do coronavírus.

A BRF, maior exportadora de frango no mundo e fornecedora também de carne suína, afirmou na semana passada que assinou a declaração pedida pela China assegurando a qualidade e segurança de seus produtos. A assinatura foi feita apesar de não haver evidências de que a Covid-19 seja transmitida por alimentos ou suas embalagens, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras autoridades de saúde. Em comum, os frigoríficos brasileiros suspensos tiveram casos de Covid-19 entre os funcionários. A decisão de suspender os abatedouros, que vem ocorrendo como uma medida preventiva do próprio Ministério da Agricultura do Brasil, ocorre em meio aos esforços chineses para evitar uma segunda onda de contaminação de Covid-19 no país. Embora não existam evidências de que os alimentos transmitam o vírus, as autoridades chinesas pediram os países que exportam carne para seu mercado suspendam empresas com casos da doença entre funcionários.

O Ministério da Agricultura confirmou que a China suspendeu temporariamente a importação de carne de três frigoríficos brasileiros com Serviço de Inspeção Federal (SIF) e a pasta vetou uma quarta planta. Sobre a decisão chinesa, o Ministério da Agricultura afirmou que não foram apresentados formalmente os motivos das suspensões e lembra que o Brasil possui regramento para prevenção, controle e mitigação de riscos de transmissão da Covid-19 nas atividades da indústria de abate e processamento de carnes e derivados e que a portaria com essas medidas já foi traduzida para o mandarim e entregue às autoridades sanitárias chinesas. O Ministério está mantendo contatos frequentes com a GACC no intuito de prestar as informações requeridas de forma ágil e transparente, mas também para reforçar que as decisões sobre eventuais suspensões de importação devem ser embasadas em informações científicas. Fonte: Reuters e Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.