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29/Jun/2020

Boi: preços estão firmes com a restrição na oferta

Os preços do boi gordo seguem avançando nas principais regiões. Ainda assim, há leve queda no ritmo de negociação, com relatos de entregas de lotes mais enxutos. Em São Paulo, os preços registram alta, impulsionada por negócios mais concentrados no “boi China”, ou seja, de bovinos jovens que atendem os requisitos do mercado asiático. O boi gordo está cotado a R$ 218,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado entre R$ 188,00 e R$ 191,00 por arroba a prazo. A firmeza do mercado reflete a oferta restrita de boiada e um protagonismo maior dos frigoríficos exportadores ao tomarem à frente das negociações, elevando as indicações. Em Goiás, a cotação é de R$ 203,00 por arroba.

A disponibilidade de bovinos é baixa e que há um esforço das indústrias em adquirir matéria-prima suficiente para atendimento de suas demandas. Nos últimos 30 dias, as maiores variações positivas do preço do boi gordo (para pagamento a prazo e livre de Funrural) foram registradas no Rio Grande do Sul (19,05%), Paraná (15,47%), Mato Grosso do Sul (12,51%), Goiás (10,90%) e Bahia (10,64%). Os lotes pequenos para abates são justificados neste momento pelas poucas reservas de boi de pasto e pela reduzida atividade de confinamento em primeiro giro cujos bovinos, em sua boa parte, estão em fase final de engorda. A previsão é de queda entre 5% e 8% na intenção de confinamento, com maior peso para esta primeira etapa. Entretanto é possível que seja necessário revisar mais a frente, diante da sinalização de maior atratividade para a terminação em confinamento em segundo giro.

As exportações brasileiras de carne bovina estão bastante aquecidas. Apesar do anúncio de mais restrições e exigências, sobretudo da China, em relação à prevenção à Covid-19, apenas uma unidade frigorífica brasileira (Agra Agroindustrial - MT), teve suas exportações paralisadas temporariamente. De resto, os demais habilitados, por todo o País, seguem com embarques regulares. Esta condição, inclusive, vem intensificada desde o mês de maio. Na reta final do mês, o mercado atacadista se mostra mais enfraquecido pela menor disponibilidade financeira do consumidor. Mas, o quadro pode se alterar em breve. Provavelmente, a partir desta semana, o pagamento de salários e o restabelecimento da atividade comercial em algumas regiões possam colaborar para um reaquecimento do consumo interno.