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25/Jun/2020

Suíno: preço da carne sobe e reduz competitividade

A comercialização da carne suína está mais aquecida neste mês, o que tem mantido em alta os preços da proteína no atacado de São Paulo. O movimento de recuperação vem sendo observado desde maio. O aumento nas cotações da carcaça suína, inclusive, tem sido mais intenso que o observado para a substituta, a carne bovina, fator que diminuiu a competitividade do produto suinícola. Na comparação com a proteína de frango, também há perda de competitividade da carne suína. No mercado suinícola, as demandas interna e externa aquecidas têm elevado as cotações. No geral, a reabertura, ainda que parcial, do comércio doméstico e as aquecidas compras por parte da China impulsionam as vendas.

Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína registra média de R$ 7,12 por Kg na parcial de junho, avanço de 7,6% frente à de maio, mas ainda 8% menor que a de junho de 2019, nominalmente. Para carne de frango, apesar de as exportações perderem o ritmo em junho, as vendas domésticas estão aquecidas. O frango inteiro resfriado apresenta média de R$ 4,38 por Kg na parcial deste mês, elevação de 10,5% frente a maio, porém, 6,7% abaixo da média do mesmo mês de 2019. Para carne bovina, a queda no poder de compra da população, devido à atual crise por causa da pandemia de coronavírus, tem limitado a liquidez de alguns produtos com valor mais agregado.

Ainda assim, a carcaça casada bovina apresenta preço firme, com média de R$ 13,99 por Kg na parcial de junho, sendo 2,4% superior à de maio e 31,5% acima da de junho/2019. Dessa forma, a cotação da carcaça especial suína se aproxima do valor da bovina, ao passo que se distancia do frango inteiro, fatores que demonstram a perda de competitividade da proteína. Na parcial de junho, a carcaça suína está cotada a R$ 2,74 por Kg acima do frango inteiro, ampliando em 3,2% a diferença frente à observada em maio. Na relação com a carcaça bovina, o produto suíno está R$ 6,87 por Kg abaixo, ou seja, diminuição de 2,5% na diferença registrada na média de maio. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.