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24/Jun/2020

Boi: preços firmes em mercado com baixa liquidez

O mercado físico registra fraca movimentação, mas preços seguem em alta. A oferta restrita é o principal impulsionador de alta. A procura de matéria-prima busca atender, principalmente, o mercado chinês, que segue demanda a proteína. Por isso, as cotações seguem firmes, apesar da demanda interna ainda tímida. Em São Paulo, o preço médio é de R$ 208,91 por arroba. A média Brasil é de R$ 194,90 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 201,00 por arroba a prazo. No Pará, a cotação está entre R$ 196,00 e R$ 197,00 por arroba à vista. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 197,00 por arroba a prazo e, no Maranhão, a R$ 197,00 por arroba à vista.

Há um clima de incerteza e especulação acerca da possibilidade de pedidos de renegociação de alguns contratos de venda de carne bovina para a China. Na segunda-feira (22/06), alguns frigoríficos fecharam negócios mediante garantias do escoamento da carne. As altas em Mato Grosso do Sul são fruto da baixa disponibilidade de bovinos. Em Goiás, as escalas apertadas levam às compras com maior desembolso. No Pará, é destaque a situação de frigoríficos que promoveram redução no volume de abate diário pela dificuldade em encontrar bois terminados. O cenário é de preços firmes nos próximos dias justamente em função do pouco estoque de rebanhos pelo País. No entanto, é preciso estar atento ao fato de que o restabelecimento gradual do comércio brasileiro pode sofrer um revés caso haja agravamento maior da pandemia em algumas regiões do País.

Quanto ao mercado externo, os negócios permanecem em alta e não deve haver alteração no curto prazo. A não ser que haja alguma surpresa. O risco viria na situação de que alguma planta brasileira habilitada viesse a apresentar casos de contaminações por Covid-19 e isso provocasse a restrição de compra por parte da China. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis e há procura regular pelos cortes de bovinos. A previsão é de que este quadro não se altere ao longo da semana considerando a aproximação do final de mês, período de menor poder aquisitivo de grande parte da população consumidora. Não se descarta, neste momento, migração para a aquisição de proteínas de preços mais acessíveis. O traseiro avulso do boi é negociado a R$ 15,60 por Kg. A vaca casada está cotada a R$ 13,30 por Kg.