24/Jun/2020
O Ministério da Agricultura confirmou que a China solicitou ao Brasil informações sobre adoção de medidas de prevenção contra a Covid-19 e paralisação de unidades industriais no País por causa de casos da doença. Caso ocorram novos casos em que o estabelecimento não consiga fazer a contenção de seus trabalhadores, a China solicita que seja comunicada imediatamente, o que será cumprido. Players da cadeia de carnes relataram que a China está pedindo a frigoríficos brasileiros que assinem uma carta se responsabilizando integralmente pela carga caso ela esteja contaminada pelo novo coronavírus.
O país asiático vem demonstrando preocupação com a contaminação de produtos e suspendeu aquisições de unidades de carne suína na Alemanha e de aves nos Estados Unidos. Segundo o Ministério da Agricultura, não será adotada restrição voluntária de exportação de estabelecimentos com casos ou suspeitas de Covid-19 se as empresas estiverem adotando as medidas da Portaria Conjunta nº 19, dos ministérios da Agricultura, Saúde e Economia. A portaria estabelece as medidas a serem observadas para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da Covid-19 nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano e laticínios.
Quanto aos setores que estariam incluídos na solicitação de informação do governo chinês, o Ministério informou que o pedido foi de forma genérica, mas o foco da preocupação é a indústria de carne. Até o momento, o Ministério não recebeu qualquer solicitação de informação sobre exportação de grãos. Questionado se havia preocupação com suspensão de importação de alguma planta brasileira pela China devido a casos da doença, a exemplo do que ocorreu em outros países, o Ministério informou que prestou todas as informações solicitadas e espera que sejam suficientes para evitar qualquer possibilidade de embargo. A possibilidade de uma medida como essa (embargo) poderá ocorrer no caso de alguma empresa não adotar ações de prevenção e controle em relação à doença. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.