23/Jun/2020
Segundo o Rabobank, a peste suína africana (PSA) ainda é a principal influência sobre o mercado global de carne suína, apesar de a pandemia de Covid-19 ter reduzido a produção, o consumo e o comércio da proteína animal. A peste suína africana continua afetando os plantéis e limitando a produção na China, no Vietnã, nas Filipinas e em parte do Leste Europeu, com os atuais epicentros da doença nas Filipinas e no Leste Europeu. Medidas de biossegurança ainda são a defesa mais eficaz contra a PSA, e que uma vacina não deve estar disponível comercialmente em 2020. A produção de carne suína na China deve cair entre 15% e 20% em 2020, enquanto no Vietnã e nas Filipinas a redução deve ficar próxima de 10%. Esses países devem importar mais neste ano.
As importações chinesas de carne suína devem atingir níveis recorde, e as de outras carnes também devem ser significativas. Porém, o plantel chinês de suínos deve se recuperar com força no segundo semestre deste ano. Embora a expectativa seja de aumento da produção de carne suína na América do Norte, no Brasil e em alguns países da Europa em 2020, a previsão é de limitações em todos os principais produtores por causa do impacto da Covid-19. Também há expectativa de que haja uma redução do consumo global, principalmente por causa da redução das operações de restaurantes.
A queda do consumo não vai acompanhar a menor produção, resultando em um mercado de carne suína relativamente apertado. Vários fatores trazem incerteza para o mercado global de carne suína. Um deles é o fechamento de unidades de processamento e a desaceleração das operações por causa de casos de Covid-19 entre os trabalhadores. Outro fator é a possibilidade de que as tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China afetem o comércio. Além disso, há o risco de um surto de peste suína africana em um grande país produtor da Europa, como a Alemanha, por exemplo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.