19/Jun/2020
Segundo o Rabobank, a previsão é otimista para o setor brasileiro de carnes ao longo do segundo semestre. Especialmente para a carne bovina, além de manter o ritmo forte de crescimento das exportações, o Brasil pode registrar uma melhora no consumo doméstico do produto a partir do último trimestre do ano. Sazonalmente, a demanda interna pela carne bovina cresce nos meses mais quentes do ano. O esperado retorno no consumo doméstico de carne bovina ocorrerá justamente num período de menor impacto da Covid-19, doença que tem contribuído para o baixo consumo da proteína vermelha no Brasil. Ainda neste mês de junho, o País conviverá com picos de casos da doença. Nos próximos dois a três meses, passará por um processo de flexibilização da quarentena e, a partir do último trimestre do ano, iniciará um processo de normatização da demanda interna de carne bovina. Ou seja, a previsão é de que a Covid-19 já não terá tanta força para reter o consumo da proteína.
O Brasil é o novo epicentro da Covid-19, mas está descartada a possibilidade de paralisações generalizadas nos frigoríficos brasileiros por conta da propagação do vírus. Diferentemente dos Estados Unidos, onde muitas fábricas permaneceram temporariamente fechadas após a disseminação da Covid-19 entre os funcionários, o Brasil possui frigoríficos menores, com menos trabalhadores, e mais pulverizados geograficamente, obedecendo a própria caraterística da pecuária nacional, marcada pelo sistema extensivo de produção de boiadas, espalhadas por quase todo o Brasil. Além disso, mesmo antes da Covid-19, a indústria brasileira de carne estava habituada ao processo de flexibilização momentânea dos abates, em caso de fechamento de uma determinada planta, é possível direcionar a produção para outra unidade, sem grandes prejuízos de produtividade. Fonte: Portal DBO. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.