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16/Jun/2020

Boi: preços têm altas com ofertas ainda escassas

A baixa liquidez no mercado físico do boi gordo é preponderante para os preços nas duas primeiras semanas de junho. O pecuarista tem pouco gado para ofertar e os frigoríficos, por outro lado, tentam pelo menos evitar que as escalas de abate fiquem muito curtas. Assim, a indústria aceita pagar mais e pelo boi gordo em importantes regiões pecuárias do País. Em São Paulo, a cotação média é de R$ 203,68 por arroba, avanço de 1,93% nos últimos sete dias. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a entre R$ 190,00 e R$ 193,30 por arroba e a R$ 198,00 por arroba a prazo. A Região Norte, em especial, continua apresentando pastagens em boas condições.

Em Tocantins e no Pará, a avaliação é de que o volume de chuvas mantém os pastos com boa disponibilidade de massa verde e os pecuaristas alegam preferência pela retenção dos bovinos, visando, principalmente, a reposição dos plantéis. O feriado da última de Corpus Christi (11/06), que para muitos consumidores se estendeu até domingo (14/06), deu fôlego ao consumo doméstico de proteínas, elevando o preço médio da carne bovina no varejo, onde há leves valorizações de 0,50% em São Paulo e de 0,09% no Paraná nos últimos sete dias.

Em relação ao mês passado, alguns cortes apresentam impulso significativo nas primeiras duas semanas de junho em São Paulo. É o caso do coxão duro, com média de R$ 32,18 por Kg (+ 11,6%) e o filé mignon sem cordão, comercializado a R$ 57,45 por Kg (+16,3%). Em São Paulo, no atacado, o quadro é parecido. O escoamento de carne se mantém regular e os preços registram alta. O traseiro avulso do boi está cotado a R$ 15,10 por Kg e a ponta da agulha, a R$ 12,60 por Kg. A vaca casada está cotada a R$ 13,00 por Kg.

Apesar de um ritmo mais lento na exportação de carne bovina, em relação a maio, os embarques seguem com bons volumes. A China continua pagando atrativa bonificação. Há casos de bônus sobre o valor da arroba de até R$ 15,00 para o boi China. Provavelmente, este ano terá recorde nas exportações. No curto prazo, a previsão é de fraca disponibilidade de gado, solidificado pelos poucos atrativos de se produzir boi de cocho em um primeiro giro. A avaliação é de que, diante de uma valorização de contratos futuros e com uma razoável queda no preço de insumos como o milho, por exemplo, os pecuaristas possam se animar em confinar no segundo giro. Neste caso, porém, estes bois de confinamento só estariam prontos nos últimos meses do ano.