15/Jun/2020

Os recebimentos dos salários e do auxílio emergencial do governo federal e a gradativa retomada de parte das atividades econômicas em algumas regiões brasileiras impulsionaram as vendas da carne suína neste início de junho em muitas regiões. Com a melhora nas vendas da carne, os frigoríficos estão elevando a demanda por novos lotes de suínos, contexto que resulta em aumento de preços de todos os produtos suinícolas no período.

Em São Paulo, no atacado, dentre os cortes suínos, a maior valorização nos últimos sete dias é para costela, de 8,6%, cotada a R$ 13,31 por Kg. O preço do pernil com osso registra alta de 8,2% no mesmo período, atingindo R$ 9,45 por Kg. Quanto ao mercado externo, segundo relatório parcial da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de carne suína registraram recuo na primeira semana de junho. Nos primeiros cinco dias úteis do mês, foram exportadas 3 mil toneladas por dia de carne suína in natura, recuo de 32,9% frente ao ritmo de maio.

Além da queda no volume, o preço pago pela carne exportada também caiu no período, 6,6%, com média de US$ 2,22 por Kg. Dessa forma, o setor exportador recebeu, na média, US$ 6,7 milhões por dia com os embarques da primeira semana de junho, diminuição de 37,3% frente à verificada em maio. Vale lembrar que os embarques do mês anterior foram recorde para a suinocultura brasileira, por conta principalmente do incremento da demanda chinesa.

De abril para maio, a China aumentou em 56,1% as compras da carne suína brasileira, considerando-se os produtos in natura e industrializados, totalizando 53,47 mil toneladas no último mês. Além de ser o maior volume já enviado ao país, é a maior quantidade embarcada pelo Brasil para apenas um destino em um único mês. Desta forma, a China foi responsável por 52,9% dos embarques brasileiros de carne suína em maio. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.