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09/Jun/2020

Boi: EUA eleva as importações da América do Sul

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os embarques de carne bovina da Argentina para o país saltaram para 1.290 toneladas em abril. Há um ano, esse volume foi de apenas duas toneladas. Abril é o mesmo mês em que surtos de Covid-19 entre os trabalhadores dos frigoríficos dos Estados Unidos desencadearam uma onda de paralisações que abriu uma oferta local e produziu preços diferentes. Certamente, as exportações argentinas de carne bovina já haviam começado a subir com o presidente Mauricio Macri, que deixou o cargo em dezembro. Macri negociou o acesso ao mercado dos Estados Unidos, que reabriu à Argentina no final de 2018, encerrando uma proibição iniciada em 2001 após um surto de febre aftosa.

Os exportadores precisaram de tempo para estabelecer redes de distribuição para fornecer aos melhores restaurantes, hotéis e fornecedores norte-americanos, que desejavam cortes de qualidade. As remessas começaram a fluir na segunda metade de 2019, mas aumentaram em abril deste ano em meio aos problemas de processamento nos Estados Unidos. As fábricas norte-americanas reabriram, mas ainda não retornaram à capacidade total. A Argentina responde por apenas 1% do total de importações dos Estados Unidos. A Argentina conseguiu tirar proveito do déficit de oferta. As exportações de carne bovina argentina subiram 18% nos primeiros quatro meses, para 162.000 toneladas. A China é o maior comprador.

O Uruguai também se beneficiou da escassez nos Estados Unidos. O volume desembarcado na alfândega em abril foi de 3.760 toneladas, o maior desde julho de 2019. Enquanto os embarques brasileiros para os Estados Unidos dobraram em maio, o volume ainda era pequeno, de 277 toneladas, comparado com o recorde de 83.942 toneladas embarcadas para a China. Ainda assim, as exportações para os Estados Unidos podem continuar crescendo, dado que a carne fresca brasileira apenas recuperou recentemente o acesso após preocupações de segurança que remontam a 2017. Fonte: Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.