05/Jun/2020
Os preços do boi gordo continuam firmes no mercado físico, com ampla estabilidade nas regiões pecuárias do País e algumas altas. Dois fatores ditam os preços atualmente: a baixa disponibilidade de gado para abate, já que as regiões de pecuária de corte entram na entressafra, e a forte demanda chinesa por carne brasileira, que leva, em alguns Estados, os frigoríficos a aumentarem suas indicações. Justamente por causa da demanda reforçada no exterior, ainda há espaço para a arroba subir no físico.
No mercado doméstico, a indústria frigorífica nota maior demanda por carne bovina, em função do período de pagamento de salários, o que estimula a demanda da indústria por bovinos terminados. Assim, os preços registram alta em algumas regiões. Em Mato Grosso do Sul, a cotação está entre R$ 177,50 e R$ 182,00 por arroba à vista. O movimento de frigoríficos de São Paulo em busca do "boi China" em Mato Grosso do Sul também explica o avanço da cotação. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 192,00 por arroba à vista e a R$ 205,00 por arroba a prazo.
Em maio, o preço médio do boi gordo no Estado foi de R$ 201,21 por arroba à vista, sendo 0,82% acima da média observada em abril e 24,7% superior à de maio do ano passado, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). No atacado, a demanda se enfraqueceu em maio frente aos meses anteriores, o que pode estar atrelado ao menor poder de compra por parte da população. A média da carcaça casada de boi foi de R$ 13,66 por Kg em maio, queda de 2,71% frente ao mês anterior, mas alta de 20,6% em um ano, em termos reais.