04/Jun/2020
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 155,136 mil toneladas de carne bovina in natura em maio, crescimentos de 33,4% frente ao volume de abril e de 28,2% em relação ao de maio de 2019. Trata-se, também, de quantidade recorde para um mês de maio, considerando-se toda a série da Secex. De janeiro a maio, o volume embarcado pelo País soma 625 mil toneladas, o maior volume já escoado para o período e 10,2% a mais que nos quatro primeiros meses de 2019. O elevado volume exportado e o dólar em patamar histórico (com média mensal de R$ 5,64/US$) resultaram em receita em Reais recorde.
Em maio, frigoríficos nacionais receberam R$ 3,85 bilhões, 41,8% acima da de abril e mais que o dobro da recebida em maio de 2019 (de R$ 1,875 bilhão). A aquecida demanda chinesa por proteína pode estar atrelada ao fato de o país já ter superado a pandemia de coronavírus, à suspensão das compras de carne bovina de frigoríficos australianos em maio e também aos contínuos casos de peste suína africana (PSA). Segundo o relatório de maio da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), além da China e de outros países asiáticos, algumas nações da Europa e da África também registram casos da doença.
Vale lembrar que a PSA é uma enfermidade que vem atacando suínos especialmente na Ásia desde agosto de 2018 e que já resultou em abate de quase sete milhões de suínos. A América é o único continente ainda sem registros da PSA. No mercado interno, a demanda se enfraqueceu em maio frente aos meses anteriores, o que pode estar atrelado ao menor poder de compra por parte da população. A média da carcaça casada de boi foi de R$ 13,66 por Kg em maio, queda de 2,71% frente ao mês anterior, mas alta de 20,6% em um ano, em termos reais. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.