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04/Jun/2020

Suíno: exportações para China seguem aquecidas

O déficit de carnes na China, projetado para 2020, iniciou o ano em mais de 11 milhões de toneladas devido ao efeito da peste suína africana (PSA) que provocou importante redução no plantel daquele país. O número é tão grande que é capaz de afetar o mercado de todas as carnes no mundo inteiro, inclusive o do Brasil, um exportador preferencial. Mas, a pandemia de novo coronavírus trouxe muitas incertezas. O ano promissor para a suinocultura brasileira pode ter sido afetado e o setor aguarda os possíveis desdobramentos. No final de janeiro, quando a doença começava a se espalhar, o governo chinês colocou Wuhan e 14 outras cidades da província de Hubei em quarentena forçada, impedindo o movimento de mais de 60 milhões de pessoas.

No ponto alto da crise, calcula-se que 780 milhões de chineses, mais da metade da população, estava sob algum tipo de restrição, sejam auto impostas ou determinadas pelo Estado. O isolamento social na China foi nos meses de fevereiro e março. Foram monitoradas as compras chinesas de carne suína através dos dados obtidos de seus principais fornecedores somados aos embarques para Hong Kong: Europa, Estados Unidos, Canadá e Brasil. No mês de março, segundo mês das medidas de restrição na China devido à Covid-19, as vendas desses referidos países, somadas, bateram recordes de embarques. Esse evento está alinhado com a hipótese de que os alimentos não são produtos de consumo facultativo e sim essenciais. No fechamento das exportações de carne suína in natura do Brasil do mês de maio para todos os destinos, houve um recorde absoluto de 90.722 toneladas. Isso representa 37,6% acima do recorde anterior que era de dezembro de 2019 de 65.927 toneladas. Há relatos de que as vendas já efetuadas para embarques em junho estão em ritmo excepcional.

Paralelo a isso, também foram divulgados na China os dados da pesquisa do Índice de Gerentes de Compras (PMI), que subiu de 49,4 em abril para 50,7 em maio. O índice PMI tem por objetivo medir as expectativas em relação à economia como um todo, sendo feito em vários países. O valor de 50 é o ponto de inflexão que separa a economia em expansão ou em contração. Essa leitura, a mais alta dos últimos quatro meses, é reflexo da reabertura das empresas após o término da fase mais crítica da pandemia de coronavírus no país. A divulgação dos dados confirmou ainda que esse mês registrou o maior aumento na produção desde janeiro de 2011, graças à retomada. Isso é muito positivo para o ritmo das importações chinesas de carne suína e seus efeitos benéficos ao setor, no Brasil. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.