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27/Mai/2020

Carnes: portaria quer evitar Covid-19 em frigoríficos

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou, nesta terça-feira (26/05), que o governo deve editar nos próximos dias portaria e algumas instruções normativas para harmonizar todas as ações que têm de ser tomadas pelo setor de frigoríficos do País para evitar a propagação da Covid-19 entre trabalhadores nas unidades. A informação foi dada durante reunião da Comissão externa de ações contra o coronavírus sobre a situação dos frigoríficos durante a pandemia, da Câmara dos Deputados. A portaria é um trabalho conjunto dos Ministérios da Agricultura, Saúde e Economia e vai padronizar as medidas que devem ser adotadas pelas empresas em nível nacional. Tereza Cristina lembrou que desde o início da pandemia, a pasta criou um grupo de acompanhamento da crise e as associações das empresas do setor criaram protocolos, chancelados pelo Ministério da Agricultura, com medidas e regras para evitar a disseminação do novo coronavírus nos ambientes dos frigoríficos.

A ministra citou como exemplo de regras que estarão na portaria o conjunto de orientações para prevenção contra a Covid-19 nos frigoríficos já estabelecido pelos ministérios da Economia, da Saúde e da Agricultura no começo deste mês. O objetivo da portaria a ser editada nos próximos dias é assegurar a saúde dos trabalhadores e a manutenção da produção do setor, considerado essencial. Segundo ela, embora ainda haja problemas, com unidades de produção fechadas por causa da Covid-19, a troca de informações e a cooperação entre o setor e o Ministério da Agricultura foi importante para evitar uma situação mais grave atualmente. Hoje, há duas unidades frigoríficas sem operar no Brasil por causa da Covid-19: uma em Santa Catarina, que deve reabrir em breve, e outra em Pernambuco.

Para Tereza Cristina, o fechamento de unidades por causa do coronavírus e a posterior reabertura é algo que vai acontecer com frequência daqui para frente. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a portaria com a harmonização das regras também deve trazer as definições sobre quem pode determinar a interdição de uma unidade produtiva. Desde o começo da pandemia, ações do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público levaram a interdições de unidades, como as da BRF e da Minuano em Lajeado (RS) e a da JBS em Passo Fundo (RS), agora já reabertas. O setor chegou a temer que pudesse ocorrer no Brasil o que houve nos Estados Unidos, onde indústrias de carnes foram fechadas após surtos da doença, afetando a produção naquele país. Quando foram reabrir as unidades, não havia mais produtor nem produto, pois não houve o cuidado que o Brasil está tendo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.