26/Mai/2020

O mercado físico de boi gordo apresenta fraca movimentação e estabilidade de preços na maior parte das regiões de comercialização. As indústrias continuam cautelosas em suas compras, diante da fraqueza persistente da demanda doméstica por causa da quarentena e da crise econômica. Mesmo com as compras mais limitadas pelos frigoríficos não tem havido espaço para uma maior pressão baixista sobre a arroba do boi.

Embora a disponibilidade de bois para abate venha crescendo com a redução do volume de chuvas na maior parte do Brasil, a oferta de gado ainda é restrita, resultado do aumento do abate de novilhas nos últimos anos e encarecimento do gado de reposição. A pressão causada pelo aumento da oferta de boiadas está menor neste fim de safra se comparada à safra de 2019, o que resulta em estabilidade de preços no mercado diante da demanda interna lenta.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 190,00 por arroba à vista e a R$ 200,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 176,00 por arroba. Em Goiás, a baixa disponibilidade de bovinos terminados para abate sustenta os preços entre R$ 181,00 e R$ 182,00 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 180,00 por arroba e o mercado registra baixa liquidez.

Em São Paulo, no atacado, a demanda por cortes continua inconsistente e a perspectiva é de reação apenas no início de junho, com a entrada da massa salarial da população. Mas, não há expectativa de melhora relevante, tendo em vista o período de quarentena e a crise econômica. O atacado está praticamente parado em São Paulo devido aos feriados antecipados decretados pela prefeitura e pelo governo estadual. Nesse ambiente, a cotação do boi castrado casado se mantém estável a R$ 12,80 por Kg.