25/Mai/2020
Com as incertezas sobre o comportamento da demanda doméstica por carne bovina, sobretudo no principal centro consumidor do País, o mercado de boi gordo está em ritmo lento e os preços se mantêm estáveis em boa parte das regiões de comercialização. O consumo interno está desaquecido em decorrência das medidas de isolamento adotadas para conter o novo coronavírus em várias regiões brasileiras, e ainda não está claro qual será efeito do "feriadão" decretado em São Paulo sobre as vendas.
Em São Paulo, parte das indústrias frigoríficas conseguiu programar as escalas de abate para o mês em virtude da maior oferta de bovinos terminados, mesmo que não tão abundante. Essa situação das escalas é considerada confortável. No Estado, o boi gordo segue cotado entre R$ 190,00 e R$ 195,00 por arroba à vista nos negócios para atender frigoríficos que atuam no mercado interno e a R$ 200,00 por arroba à vista ou a prazo, dependendo da negociação, nas operações envolvendo o chamado boi China. No Pará, os preços registram alta, a R$ 191,00 por arroba a prazo, reflexo da oferta limitada de boiadas.
De uma maneira geral, a tendência é de uma disponibilidade gradativamente maior de gado em função do clima seco. Mesmo em um mercado mais calmo, as negociações de boi China não param. Essa demanda tem sustentado os preços do boi a despeito do incremento da oferta por causa do clima seco. Mas, eventuais medidas mais restritivas para conter a Covid-19 podem prejudicar ainda mais o consumo doméstico e pressionar a arroba no curto prazo. Em São Paulo, no atacado, o mercado está enxuto. O quadro reflete o ajuste da produção por parte de frigoríficos por causa do consumo doméstico baixo. O boi casado castrado está cotado a R$ 12,80 por Kg.