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21/Mai/2020

Lácteos: coronavírus e as mudanças na demanda

O mês de abril de 2020 foi o pior da história para os food services, de forma que se estima um faturamento de apenas 25% sobre o mês de Março/20. Isso na média, já que muitos estabelecimentos ficaram simplesmente fechados e sem receita. No mês de maio, como os sistemas de delivery mais estabelecidos e alguns retornos eventuais (até mesmo contra a recomendação da quarentena em algumas cidades), fazem com que as projeções sejam de melhoria, ainda que tênue, para 30% a 35% da receita de março/2020 – 1/3 da receita de dois meses atrás. Alguns segmentos, como padarias e pizzarias, têm desenvolvido estratégias de delivery mais intensas, certamente pela experiência já presente no segmento de entregas. Os drive-thrus também tem ajudado significativamente, principalmente em fast foods. Os supermercados, mesmo com faturamento alinhado pré-coronavírus, não têm mais vendas de produtos prontos para consumo no mesmo nível, pois o consumidor está mais cauteloso em ter contato com os funcionários e mesmo em permanecer na loja por mais tempo.

As produções informais estão crescendo e isso está ajudando no segmento do Cash&Carry, onde a retomada de produtos para transformadores está iniciando uma reação. Neste cenário extremamente desafiador, surgem algumas observações que podem fazer a diferença: padarias e pizzarias terão consumo de queijos e outros derivados lácteos em maior nível que restaurantes, logo se trata de segmento a ser tratado diferenciadamente; o Cash&Carry, pelo atendimento a informais, pode e deve ser observado com cuidado, já que existem sinais de que esta categoria (informais) irá permanecer bastante tempo nesta faixa de consumo para subsistência face ao desemprego; ainda que timidamente; o consumo nos food services vai sendo retomado. Logo, é preciso uma leitura de mercado muito mais sofisticada para não perder negócios. Fonte: Milkpoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.