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19/Mai/2020

Boi: preço pressionado por fracas vendas de carne

Os frigoríficos estão cautelosos nas compras de bois para abate, diante dos efeitos das medidas de isolamento adotadas para conter o novo coronavírus sobre o consumo, já normalmente mais fraco neste período do mês. A indústria não vê consistência no consumo de carne, por isso tem limitado as compras de gado. Ao mesmo tempo, os pecuaristas que ainda podem reter os bovinos no campo também estão cautelosos para vender. Em decorrência disso, os preços registram apenas mudanças pontuais.

Em São Paulo, a redução do ritmo de compras dos frigoríficos pressiona as cotações e o boi gordo está cotado a R$ 190,00 por arroba à vista e a R$ 199,00 por arroba a prazo. O aumento da oferta de bovinos por causa da piora das condições das pastagens, devido ao clima frio e seco, também pressiona. No curto prazo, a pressão baixista sobre o boi gordo deve aumentar à medida que o tempo seco avança, mas ela não deve ser muito intensa.

A oferta de boiadas é maior e faz com que os frigoríficos se posicionem para os próximos dias. No atacado, o mercado ainda se mantêm estável, apesar do consumo pouco aquecido. O motivo é que as indústrias, principalmente as que atendem mais o mercado doméstico, estão com capacidade ociosa elevada nesse cenário de incertezas sobre a demanda.

Como estão produzindo menos, regulam a oferta de carne bovina. Por isso, no curto prazo, a tendência é de estabilidade no preço de carne, apesar das fracas vendas. O boi casado de animais castrados está cotado a R$ 13,00 por Kg, queda de 0,6% nos últimos dias. Na primeira quinzena, houve retração de 0,1%. Para efeito de comparação, na primeira quinzena de 2019, sob efeito do Dia das Mães e com restaurantes e bares funcionando normalmente, o corte subiu 2,6%.