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19/Mai/2020

Boi: confinamentos devem recuar em 2020 em MT

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu primeiro levantamento de intenção de confinamento no Estado, realizado no mês de abril, Mato Grosso deve confinar pelo menos 577.550 cabeças de bovinos este ano. Esta quantidade representa recuo de 16,45% em relação ao levantamento de abril de 2019, que apura o primeiro giro de confinamento, e de 29,93% ante a apuração de outubro de 2019, quando foi realizado o levantamento final do ano passado. A pesquisa teve a participação de 123 pessoas (dentre técnicos, gerentes ou proprietários rurais), de uma base total de 173 unidades de confinamento, ou 71,10% da amostra. Do total de entrevistados, 53,66% afirmaram que têm a intenção de confinar bovinos em 2020.

Além disso, 31,71% dos entrevistados afirmaram que não vão confinar este ano e 14,63% seguem sem previsão. Vale destacar que quatro propriedades que faziam parte do levantamento destruíram a estrutura de confinamento, o que, por sua vez, corroborou com a queda na capacidade estática do Estado. A redução na intenção decorre das preocupações em relação à cotação do boi gordo, motivo apontado por 26,74% dos entrevistados, ao menor consumo no mercado doméstico de carne diante da pandemia de coronavírus (22,09%), aos preços dos insumos de suplementação (19,77%), que estão em altos patamares, assim como as cotações dos animais de reposição (13,37%). Em relação à aquisição de bovinos, cerca de 56,4% declararam já ter comprado os bois magros.

Assim, do rebanho estimado para ser engordado no cocho, de 577.500 mil cabeças, ainda faltam 251.799 cabeças para serem adquiridas. Essa quantidade restante, como dito anteriormente, pode estar atrelada à preocupação dos confinadores com o aumento dos preços dos animais de reposição. Isso porque as cotações dessas categorias estão em crescimento desde o segundo semestre de 2019, sendo que no fim do ano a alta começou a ser mais intensa. Um dos fatores que têm impulsionado as cotações no mercado de reposição, além do maior abate de fêmeas em anos anteriores, é a exportação de carne bovina para a China, pois os volumes enviados estão satisfatórios e o produto demandado pelo país asiático é de bovinos jovens, o que acaba valorizando essas categorias. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.