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15/Mai/2020

Boi: preço sustentado pela demanda exportadora

O mercado físico do boi gordo não apresenta alterações. Nas regiões nas quais o pasto rareia, a oferta de bovinos terminados é maior e, com isso, os frigoríficos têm condições de alongar escalas e recorrer menos ao físico. Nas regiões pecuárias com maior quantidade de gado que atende às exigências dos importadores chineses, os preços conseguem se manter firmes. Há ainda situações pontuais, como no Pará, onde chuvas e a intensa luz solar mantêm a capacidade de suporte dos pastos, limitando a oferta de boiadas e contribuindo para a valorização do boi gordo.

Outro fator que estimula as exportações é a forte valorização do dólar ante o Real nos últimos dias. Além do câmbio, mais uma questão deve continuar a movimentar o mercado exportador de carne bovina: o reconhecimento, por parte da China, das dificuldades de controle da peste suína africana (PSA). Esta constatação, além do câmbio valorizado, está impulsionando as ações das empresas de proteína animal no Ibovespa. No mercado doméstico, a falta de apetite do consumidor brasileiro em razão da contração econômica e da quarentena por causa do coronavírus mantém o consumo em ritmo lento.

Em São Paulo, o boi gordo se mantém estável, cotado a R$ 191,00 por arroba à vista e a R$ 200,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, em função da menor demanda por carne e, consequentemente, da menor demanda por bois aliada à maior oferta, pela perda de capacidade de suporte dos pastos, o preço registra queda, para R$ 176,00 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo é negociado entre R$ 183,00 e R$ 187,00 por arroba à vista, tendo em vista a boa condição de suporte das pastagens. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 13,15 por Kg.