07/Mai/2020
A previsão é de oferta crescente de bovinos para abate a partir de agora, com a piora das pastagens, o que tende a pressionar as cotações da arroba do boi gordo. Enquanto durar a quarentena, o interesse de compra por parte dos frigoríficos deve ser moderado. A situação é bastante diferente entre os frigoríficos exportadores, que têm desfrutado de boa demanda externa e da desvalorização cambial. Os frigoríficos que operam somente no mercado interno foram afetados pela queda da demanda do food service. A crise do coronavírus deixará o mundo em uma situação econômica bem pior, o que afeta a carne bovina devido ao seu preço mais elevado.
Mas, há fatores que podem manter positivo o fluxo de exportação brasileira, como um apetite importador da China maior que o esperado, baixo preço do boi em dólares, obstruções logísticas em outros importantes players, como vêm ocorrendo nos Estados Unidos, onde plantas foram paralisadas por causa da Covid-19, e um possível avanço em novos mercados, como a Indonésia. Diferentemente das carnes de frango e suína, que caíram bastante no mercado doméstico em abril, as carcaças bovinas no atacado seguiram firmes, em decorrência da oferta mais reduzida, resultado da estratégia de alguns frigoríficos de diminuir a compra de boi e da cautela do produtor que podia reter bovinos no pasto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.