07/Mai/2020

A situação da avicultura nacional voltou a piorar em abril em decorrência dos preços fracos da ave viva e dos custos de produção em alta. A previsão é de que os próximos dois meses ainda devem ser desafiadores para a atividade, que continuará a enfrentar alto custo da ração para as aves e possíveis efeitos negativos da pandemia do novo coronavírus sobre a demanda interna.

Considerando os custos de produção e a média ponderada de preços atuais na Região Sul, o setor opera no vermelho na engorda da ave. O momento de maior pressão nas margens pode levar a um ajuste nos alojamentos de pintinhos para reduzir a oferta de frango. Algumas empresas já anunciaram que adotarão maior intervalo entre novos alojamentos com esse objetivo.

A redução do ritmo de alojamento anunciada também decorre da preocupação com a saúde dos colaboradores nos frigoríficos, para evitar o aumento de casos do novo coronavírus. No ritmo de produção atual e com a demanda interna prejudicada pela quarentena, uma recuperação de preços é difícil, ainda mais diante do desempenho mais fraco das exportações em abril, quando os embarques recuaram 3,9% em comparação com o mesmo mês de 2019.

A esperança é uma melhora do fluxo em maio, retomando os bons números do primeiro trimestre. No período, as vendas tinham crescido 8,8% na comparação anual. A oferta de carne bovina tende a crescer nos próximos meses e o mercado de suínos também sofre os efeitos da quarentena, com queda de preços. Isso cria um ambiente deflacionário para as proteínas de uma maneira geral. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.