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06/Mai/2020

Boi: preços sustentados pela exportação de carne

O mercado físico de boi gordo registra fraca movimentação, reflexo da postura cautelosa de frigoríficos, que avaliam ontem os resultados das vendas de carne bovina no fim de semana prolongado antes de decidir por novas compras. A estratégia de adequar as aquisições de gado bovino ao ritmo do escoamento da carne tem sido a tônica atualmente, já que a demanda interna pela proteína segue pressionada pelas medidas de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus. A expectativa é de avanço no consumo de carne em decorrência do pagamento dos salários.

A comemoração do Dia das Mães, apesar do isolamento social, deve estimular a demanda. O pagamento dos salários pode favorecer o escoamento da carne dos estoques dos frigoríficos, abrindo possibilidade de aumento na demanda por boi pelas empresas. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 192,00 por arroba à vista e a R$ 197,00 por arroba a prazo. Os frigoríficos também estão atentos à disponibilidade de boi no mercado. O clima frio e seco já avança em muitas regiões de pecuária do País, o que deve aumentar as ofertas de boi no curto prazo e pressionar ainda mais a arroba.

Mas, as exportações brasileiras de carne seguem ajudando a limitar a pressão sobre o boi gordo. Há receio de desabastecimento no mercado global com a paralisação de indústrias em diversos países, como Estados Unidos e Índia, por causa do novo coronavírus. Nesse cenário, o Brasil tem se mostrado um fornecedor consistente. A demanda dos frigoríficos exportadores mantém os preços do boi gordo firmes em São Paulo. No atacado doméstico, há avanço na procura por carne bovina, mas ainda não o suficiente para elevar preços dos principais cortes, que se mantêm estáveis. A ponta de agulha e dianteiro avulsos seguem cotados a R$ 12,10 por Kg.