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05/Mai/2020

Carnes: temor de nova onda de infecções nos EUA

O decreto assinado na semana passada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, permitindo que as unidades de processamento de carne do país continuem operando durante a pandemia de Covid-19, está gerando preocupação entre autoridades locais. O receio é de que a reabertura apressada das fábricas provoque novos picos nas taxas de infecção. Desde o início do mês de abril, empresas como Tyson, Smithfield, JBS USA e Cargill fecharam algumas das principais unidades de processamento de carne suína, bovina e de frango dos Estados Unidos. Esses fechamentos resultaram em escassez de carne nos supermercados e em excesso de animais prontos para o abate em fazendas e granjas.

Algumas autoridades locais de saúde afirmaram que o fechamento temporário de fábricas ajudou a conter o avanço do vírus, embora a um custo às vezes alto para as economias locais. A reabertura antes de a doença estar sob controle pode provocar outro aumento no número de casos. Embora as empresas afirmem que os fechamentos das fábricas foram voluntários, muitos ocorreram após ligações de prefeitos e autoridades locais de saúde. De acordo com o United Food and Commercial Workers International Union (um sindicato de trabalhadores do setor), cerca de 20 trabalhadores de unidades de processamento de carne e alimentos morreram por causa da Covid-19, e cerca de 5 mil foram hospitalizados ou apresentaram sintomas.

O secretário de Agricultura dos Estados Unidos afirmou que o decreto do presidente Donald Trump protege o sistema alimentar do país e que as diretrizes federais de saúde e segurança do trabalho garantirão que os frigoríficos reabram as unidades com risco mínimo de novos surtos. Em alguns casos, segundo ele, as plantas foram equivocadamente responsabilizadas por surtos de Covid-19. Em Sioux Falls, Dakota do Sul, o prefeito e a governadora do estado pediram em 11 de abril que a Smithfield fechasse sua planta de suínos na cidade, após a identificação de mais de 200 casos ligados a ela. A companhia fechou a unidade por período indeterminado em 12 de abril. Segundo o prefeito de Sioux Falls, o número de novas infecções na cidade diminuiu desde então. Há preocupação com a possibilidade de um novo salto nas infecções.

A Smithfield está avaliando quando poderá reabrir suas fábricas fechadas e comprando mais equipamentos de proteção enquanto organiza testes de Covid-19 para os funcionários. A empresa está fornecendo máscaras e instalando barreiras nas linhas de processamento e nas salas de descanso. No entanto, a companhia admite que o distanciamento social é difícil nessas unidades. O governador de Minnesota afirmou que seriam necessários mais testes e proteção para os trabalhadores para que uma unidade de suínos da JBS em Worthington retomasse as operações. A JBS informou que trabalha para colocar a planta de Worthington novamente em operação e que as medidas de segurança adotadas nas últimas semanas atenderam ou excederam as orientações federais de prevenção à Covid-19. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.