30/Abr/2020
As ofertas de boi gordo para abate começam a crescer principalmente na Região Centro-Sul do Brasil, onde o volume de chuvas diminui, limitando a capacidade de pecuaristas de segurar os bovinos no pasto. Os preços, contudo, seguem sem grandes alterações. Com a oferta maior de boi gordo, os frigoríficos conseguiram alongar suas escalas de abate nesta semana para entre seis a sete dias. Com o aumento da disponibilidade em algumas regiões, o volume de negócios já começa a crescer.
Por enquanto, os preços seguem estáveis, mas se a disponibilidade continuar avançando e o ritmo reduzido dos abates persistir, a pressão de baixa vai aumentar. O bom desempenho das exportações de carne bovina tem dado sustentação às cotações da arroba no físico, já que o consumo no mercado doméstico continua desaquecido, resultado da crise provocada pelo novo coronavírus. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 192,00 por arroba à vista, livre de Funrural e a R$ 198,00 por arroba a prazo.
De todo modo, os negócios de compra de boi ainda avançam de forma lenta no País. Embora o regime de chuvas já diminua em algumas regiões, de uma maneira geral pecuaristas ainda encontram boas condições para reter os bois no pasto. Do lado comprador, as indústrias continuam limitando as compras, uma vez que não encontram espaço para reajustes nos preços dos cortes bovinos. Em Mato Grosso do Sul, a parcimônia dos frigoríficos para comprar, sem aquisições de grandes lotes, pressiona as cotações.
Em Mato Grosso, os preços registram alta, diante da proximidade de reabertura de plantas de abate que estavam paradas. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. Mesmo com produção limitada por parte de frigoríficos, a oferta de cortes bovinos tem sido suficiente para atender a demanda fraca no mercado doméstico. Ainda assim, as indústrias resistem à pressão. O dianteiro avulso e a ponta de agulha avulsa seguem cotados a R$ 12,10 por Kg.