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30/Abr/2020

Suíno: China deve elevar as importações este ano

Após ter importado em torno de 2,8 milhões de toneladas de carne suína em 2019, a China deve ampliar as importações da proteína em 32,7% até o final do ano. Com esse aumento, o volume de carne importada deve chegar às 3,7 milhões de toneladas. Esse aumento nas importações é esperado, mesmo com o movimento interno da China para recompor os planteis suínos, reduzidos quase pela metade devido a surtos de peste suína africana (PSA). Desde o início deste ano, houve um aumento de 3,5% no número de cabeças de suínos na China. Pode parecer uma percentagem pequena, mas em tempo de pandemia, o dado se mostra ainda mais positivo. O aumento nas importações se ampara no consumo da proteína favorita dos chineses que segue firme, mesmo em tempo do coronavírus e no pós-pandemia, enquanto as pessoas ainda estiverem inseguras para sair de casa e preferirem a carne suína para cozinhar em casa.

A questão da segurança alimentar é primordial para o governo do país, e também há necessidade de manter os estoques estatais abastecidos. O governo chinês planeja incentivos para aumentar o consumo fora de casa, que é de cortes com maior valor agregado, agora que a China vive o "novo normal", com ações como a ampliação do período de final de semana. Com a projeção do aumento nas importações, há também a expectativa de que 2020 seja um ano com mais habilitações de plantas processadoras aptas a exportar para a China. Entretanto, o Brasil pode não estar neste cenário, tanto por falas da ministra da Agricultura Tereza Cristina sinalizando que este ano não deve haver mais habilitações quanto pelas incertezas sobre o coronavírus. As habilitações devem acontecer principalmente em países que se recuperarem primeiro do coronavírus, e como o Brasil ainda está atravessando esta doença, a China ainda deve ter desconfianças sobre o País. Após um ano de 2019 com crises relacionadas à peste suína africana (PSA) na China, com planteis reduzidos quase pela metade, há incentivos governamentais para que os fazendeiros recuperem os rebanhos.

Estes incentivos vão desde linhas de crédito, injeção de dinheiro nas fazendas, até redução de impostos. Há também um forte movimento governamental de aumento na tecnificação dos suinocultores, deixando de produzir em granjas mais rudimentares e aumentando a tecnologia para ganhar em produtividade, sanidade e preço. Esse incentivo para a profissionalização do suinocultor e investimento na estrutura das propriedades vem também como uma forma de prevenir e controlar doenças como a PSA. Atualmente, apesar de ainda haver alguns casos da doença sendo detectados na China, a questão está praticamente controlada, já que a fiscalização é muito mais rígida, com a eliminação de suínos quando há a mínima suspeita de contaminação, proibição do transporte de suínos vivos entre províncias e mais efetividade na comunicação de casos confirmados. Fonte: Notícias Agrícolas. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.