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29/Abr/2020

Boi: carne bovina está perdendo competitividade

A crise do novo coronavírus também está afetando a competitividade da carne bovina em relação às carnes de frango e suína, proteínas tradicionalmente mais baratas e que se tornam mais atrativas para o consumidor em momentos de queda na renda como o atual. A relação de troca entre a carne bovina e as outras duas proteínas se alterou de forma significativa neste ano, considerando preços no atacado. No dia 2 de janeiro de 2020, a relação entre a carne bovina e a de frango era de 2,5 vezes, isto é, era possível adquirir 2,5 Kg de frango pelo valor de 1 Kg de carne bovina (boi casado, ou seja, traseiro e dianteiros vendidos juntos).

No dia 24 de abril, a relação de troca era de 3,6 vezes. No caso da carne suína, a relação era de 1,3 vez no início do ano e alcançou 2,3 vezes no dia 24 de abril. A perda de competitividade ocorre porque, embora todas as carnes tenham sido pressionadas neste período de quarentena, as de frango e suíno caíram bem mais do que a carne bovina. Enquanto o boi casado recuou 1,1% nos sete dias encerrados no dia 24 de abril, o frango e a carne suína tiveram retração de 9,3% e 6,6%, respectivamente, no mesmo período.

As carnes de frango e suína podem ter a preferência do consumidor em relação à carne bovina no cenário atual. Ainda que a crise do novo coronavírus tenha afetado a demanda, sobretudo no food service, e consequentemente os preços das proteínas de forma geral, as carnes de frango e suína são mais pressionadas devido às diferenças nos ciclos de produção. O pecuarista tem a possibilidade de reter os bovinos no pasto enquanto as condições climáticas permitem e pode esperar o melhor momento para vender. Mas, isso não acontece com as aves e suínos, que têm de ser abatidos após um tempo determinado de engorda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.