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23/Abr/2020

Boi: preocupações com a possível falta de navios

A proibição da troca das tripulações dos navios cargueiros por causa das medidas de sanidade decorrentes do novo coronavírus gera uma preocupação no setor exportador de proteínas brasileiro, que teme falta de transporte marítimo nos próximos meses. Com a pandemia, países reduziram ou mesmo paralisaram voos comerciais internacionais, o que dificultou fazer a troca das tripulações dos navios, muitas vezes impedidas de voltar a suas origens. Segundo a Maersk, essas mudanças nos transportes de passageiros por causa da crise foi um dos impactos que a empresa sentiu imediatamente e que foram necessárias adaptações. Sobre a eventual falta de transporte marítimos nos próximos meses devido à falta de tripulantes, a Maersk afirma que expandiu o período que as tripulações ficam nos navios, que era normalmente de três meses.

A medida visa a proteger a saúde dos trabalhadores, uma vez que a troca de tripulação poderia colocar em risco a saúde de quem está no navio. Mas, a empresa afirma não ver risco de interrupção dos transportes marítimos ao redor mundo por conta dessa dificuldade. Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), num primeiro momento, as medidas adotadas para conter o avanço do novo coronavírus interferiram no comércio com a China, sobretudo porque o país é o principal cliente do Brasil. À medida que a doença avançou para o mercado europeu e para os Estados Unidos, houve entraves nas relações de exportação e importação para esses destinos. Diferentemente de outros setores, o transporte dos produtos do agronegócio foi menos afetado por se tratarem de produtos essenciais.

Além disso, o País está no meio da safra de grãos, o que movimenta portos e ferrovias. A realidade portuária não sentiu tanto porque o agronegócio está movimentando. Houve redução de demanda, mas se comparar com outros setores é o que foi menos atingido. Um dos problemas que limitou as exportações de proteínas no início da crise foi a falta de contêineres refrigerados. Isso porque o “lockdown” na China nos primeiros meses do ano impediu o transporte de contêineres vindos de diversas origens do mundo para seus destinos dentro do país asiático. Assim, os contêineres ficaram parados sem poder voltar aos países exportadores. A situação já está se normalizando, de acordo com exportadores brasileiros. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.