20/Abr/2020

Os Estados Unidos podem facilitar compras do exterior se o fechamento de plantas norte-americanas de processamento de carnes, por causa do coronavírus, afetar o suprimento interno. Se começar a faltar produto no mercado, é possível que haja flexibilização e até uma facilitação para importar produtos para abastecer o país. Em ano eleitoral nos Estados Unidos, o governo não quer que falte comida no supermercado para a população norte-americana.

Uma das plantas fechadas no país produz de 4% a 5% do volume consumido de carnes dos Estados Unidos. Entre os efeitos do coronavírus para o setor produtivo norte-americano, é destaque a queda dos preços internacionais de soja, milho e trigo, diante do pessimismo nos mercados financeiros globais com a pandemia. Um estudo da Universidade do Missouri aponta que o recuo pode reduzir a renda dos produtores norte-americanos em até US$ 20 bilhões em 2020.

Além disso, os produtores estão organizando guias de boas práticas para implementar o distanciamento social nos trabalhos de campo e evitar a contaminação também no setor agrícola. Destaca-se também a ajuda ao setor agropecuário norte-americano pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de US$ 14 bilhões à Corporação de Crédito para Commodities, sem destinação predeterminada, e de US$ 9,5 bilhões para o Setor de Culturas Especiais, para ajudar no abastecimento dos mercados locais.

Há discussões sobre o governo federal fazer pagamento direto a produtores e compra de excedentes. Em alguns casos, o excedente de produção de um lado do país não está conseguindo chegar à outra ponta. A autorização do governo para o transporte de carga na cabine de aviões de passageiros pode facilitar a exportação de frutas norte-americanas, feita principalmente por transporte aéreo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.