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17/Abr/2020

Boi: preços estão pressionados pelos compradores

O mercado de boi gordo vive uma disputa sobre preços em alguns Estados do País, com as indústrias pressionando para reduzir os valores e pecuaristas tentando resistir às baixas. O resultado é um baixo volume de negócios em regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O ambiente reflete, ao mesmo tempo, a cautela dos frigoríficos diante das dificuldades no escoamento da carne bovina por causa das medidas de isolamento decorrentes da pandemia e a capacidade que parte dos criadores ainda tem de reter os bovinos no pasto. A cada redução de preço nas ofertas de compra de boi, recua o volume de boiadas adquiridas no mercado. Em Mato Grosso, os frigoríficos indicam R$ 170,00 por arroba a prazo. Ao ofertar esse valor mais baixo, a indústria alega dificuldade de colocação da carne no mercado interno.

Ao mesmo tempo que a indústria pressiona para comprar por esse preço, o pecuarista busca resistir. Nessa queda de braço, os pecuaristas têm vendido aos poucos e não se veem grandes negócios por esse valor. Muitas indústrias continuam fora das compras em regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e o mercado físico registra queda de preços, mas poucos negócios. Alguns pecuaristas já liquidam boiadas, com receio de que preços se fragilizem mais. Ainda que a pressão de baixa venha dominando, o boi gordo registra alta em algumas regiões de comercialização do Pará, Rondônia e Goiás. Na Região Norte do País, o atacado apresenta um desempenho melhor do que o esperado e os frigoríficos pagam mais pelo boi gordo para cumprir programação de abates.

Assim, a cotação é de R$ 169,00 por arroba em Rondônia e entre R$ 182,00 e R$ 184,00 por arroba. Em Goiás, as chuvas regulares em algumas regiões têm permitido que o criador segure os bovinos no pasto. Com isso, o boi gordo registra alta para R$ 182,00 por arroba. Em São Paulo, os preços se mantêm estáveis, com o boi gordo cotado a R$ 192,00 por arroba por arroba à vista, livre de Funrural. Os compradores bem posicionados fazem ofertas de compra abaixo dessa referência e o consumo de carne no mercado interno segue lento. No atacado, os preços registram alta, com resultado de vendas acima do esperado para esta época do mês. A ponta de agulha e o dianteiro estão cotados a R$ 12,10 por Kg.