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17/Abr/2020

Boi: crescendo a capacidade ociosa dos frigoríficos

Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), as indústrias do setor que trabalham apenas com vendas de carne bovina no mercado doméstico estão com 50% de capacidade ociosa atualmente. Essas empresas tiveram de reduzir os abates em decorrência das medidas adotadas por prefeitos e governadores que determinaram o fechamento de bares e restaurantes, o que diminuiu de forma significativa a demanda por carne bovina. O ambiente para as empresas exportadoras de carne é um pouco menos desfavorável. As indústrias que exportam para China, Chile, Argélia e Oriente Médio trabalham com 70% da capacidade, isto é, com 30% de capacidade ociosa.

A entidade tem 60 associados diretos em todo o Brasil, mas também reúne sindicatos estaduais que, por sua vez, têm vários frigoríficos afiliados. Dos 60 associados diretos, 20 são exportadores. Embora seja positiva a retomada das importações pela China, ainda há problemas logísticos no país asiático, que estão sendo resolvidos lentamente. No fim do ano passado, quando muitas empresas brasileiras foram habilitadas a exportar, o mercado chinês recebeu um grande volume de carne, gerando problema logístico nos portos. Além disso, a pandemia também atrapalhou as operações portuárias.

Agora, a situação está voltando ao normal, com o problema da Covid-19 reduzido na China. A estratégia adotada pelos frigoríficos de carne bovina na atual crise é trabalhar para cobrir custos fixos, como empregados e contas de luz, por exemplo. Se não sobrar dinheiro para cobrir custo fixo, vai ter de parar. Apesar da redução dos abates pelas indústrias, não houve demissões. A despeito das dificuldades que persistem, o setor está porque os governantes estão percebendo que é preciso conciliar preocupação com saúde com economia, e há iniciativas de flexibilização da quarentena em algumas cidades. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.