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17/Abr/2020

Boi: cenário segue favorável à exportação de carne

Embora a conjuntura global para as exportações de carnes brasileiras continue favorável em 2020, a desaceleração da economia mundial e as medidas restritivas por causa da pandemia de coronavírus podem prejudicar o consumo. Além de dificultar os embarques para o mercado externo, a quarentena para conter a doença acabou alterando os hábitos de consumo, o que afetou fortemente setor, especialmente com o fechamento de estabelecimentos do segmento de food servisse. A desaceleração econômica em virtude da pandemia tende a prejudicar o consumo de forma proporcional. Nesse cenário, a retração na demanda por carnes já está levando a uma redução nas operações de grandes frigoríficos, que tentam manter uma escala de abate menor para migrar o direcionamento dos produtos para os supermercados.

No mercado doméstico, a tendência é de arrefecimento no consumo. Com relação à exportação, os novos focos reportados da peste suína africana (PSA) na China podem atrapalhar a recuperação do plantel, favorecendo os embarques brasileiros de carne. A China aumentou a importação de produtos do Brasil, pagando inclusive preços mais altos. Agora, já representam quase 50% das vendas de carne bovina e suína brasileiras e 30% da comercialização de carne de frango. As perspectivas de exportação para o segundo semestre, tendo em vista essas condições, são ainda melhores porque é o período em que a China costuma aumentar o volume de importações de carne. Entretanto, mesmo que as exportações sejam favoráveis, a descapitalização do consumidor final ainda pode penalizar o consumo, especialmente com problemas logísticos decorrentes do isolamento social pelo coronavírus.

Quanto aos preços da arroba do boi gordo no mercado interno, o movimento de retração no descarte de fêmeas pode fornecer algum suporte às cotações, mas a entrada de boi à pasto no mercado vai colaborar com uma maior pressão de baixa ao longo do próximo trimestre. Após a forte alta no fim de 2019, o cenário que prevalece é de pressão nas cotações, diante do aumento na propagação do coronavírus e de maiores preocupações em relação à economia global. A previsão é de uma baixa muito forte em maio, já que a demanda não está favorecendo os preços, mas a expectativa é de que não sejam tão baixos quanto em 2018. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.