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15/Abr/2020

Suíno: China deverá elevar importações do Brasil

Segundo a Apex-Brasil, a cadeia de proteína animal na China sofreu impactos de curto prazo com as medidas de contenção ao Covid-19. O consumo de suínos pode ser compensado pelo consumo em casa, mas o consumo de carne bovina foi afetado porque ocorria principalmente no setor de food servisse. O setor de frango também foi prejudicado por problemas de coordenação entre fornecimento de ração e processamento de carne. A previsão é de boas perspectivas de importação de carne pela China, já que a indústria local de suínos deve demorar de quatro a cinco anos para se recuperar totalmente da peste suína africana (PSA). Segundo a Embaixada Brasileira em Pequim, a cadeia de processamento de carnes chinesa sofreu interrupções nos primeiros meses deste ano por causa da Covid-19.

No nordeste da China, apenas 11 frigoríficos estavam em operação entre janeiro e fevereiro. Fábricas não conseguiram operar por falta do fator de mão de obra. Isso levou a uma série de medidas que o governo chinês adotou para facilitar a importação de produtos de origem animal e a distribuição no interior do país mesmo em meio ao auge da pandemia. A alta das exportações do Brasil nos primeiros meses do ano está relacionada à situação do coronavírus, mas a tendência de crescimento das importações chinesas de proteína animal permanece. Foram habilitados para exporta à China 104 estabelecimentos brasileiros de proteína animal e há espaço para habilitar mais estabelecimentos no futuro. Segundo o Ministério da Agricultura, a pandemia interferiu no processo de certificação de unidades brasileiras pela China, que vinha ocorrendo com inspeções por videoconferência.

Mas, o Brasil continua em negociação para habilitação de novas plantas de carnes para exportação à China. Foram habilitadas novas plantas de pescados em anúncio mais recente. No processo de revisão das práticas sanitárias da China, o governo chinês tem mostrado interesse em estimular investimento no exterior nas cadeias de proteína animal. O Ministério da Agricultura busca inserir o Brasil nesse movimento, como receptor desses fluxos de investimento. Há um entendimento de que, quanto mais expostos os chineses estiverem em termos de investimento ao mercado brasileiro, menores as chances desses mercados serem fechados posteriormente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.