14/Abr/2020
A redução acentuada dos negócios nas redes chinesas de restaurantes de ensopado e churrascarias antes florescentes está atingindo duramente a indústria global. Pouco mais de dois meses atrás, o restaurante Jinyuan Fucheng Beef Hotpot, situado no norte de Pequim, tinha uma fila longa de clientes do lado de fora quase todas as noites da semana. Agora, o restaurante para 800 pessoas mal preenche 20 mesas por dia, já que a maioria das pessoas ainda receia jantar fora depois que a doença respiratória contagiosa causada pelo novo coronavírus matou mais de 3.300 pessoas e infectou 82 mil na China. A redução acentuada dos negócios nas redes chinesas de restaurantes de ensopado e churrascarias antes florescentes está atingindo duramente a indústria global de carne bovina — antes os principais exportadores vinham aumentando os suprimentos para atender a demanda chinesa crescente.
A China é o segundo maior mercado de carne bovina do mundo, só perdendo para os Estados Unidos, e o que mais cresce, graças ao aumento da renda, que elevou as importações em 20% ao ano nos últimos cinco anos. Embora os chineses consumam muito mais carne suína, a epidemia de Peste Suína Africana detectada em agosto de 2018 reduziu o rebanho suíno do país em cerca de 50% e, também, fez os consumidores procurarem mais carne bovina. Em 2019, as importações chegaram a 1,7 milhão de toneladas, 60% mais do que no ano anterior, e 70% deste montante foi consumido em restaurantes. Agora, a procura está muito fraca, segundo importadores que compram do Brasil, Argentina e Uruguai e que estão encomendando cerca de 30% dos níveis do ano passado. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.