08/Abr/2020
Segundo o Itaú BBA, os preços da carne de frango devem se manter firmes no Brasil, acompanhando as cotações mais elevadas das carnes suína e bovina, juntamente com o equilíbrio da oferta da proteína de ave no mercado interno e externo. A questão desafiadora no curto prazo, entretanto, é o preço muito alto dos dois principais insumos da atividade: milho e farelo de soja. O farelo subiu bastante no último mês associado à desvalorização cambial e o milho segue muito valorizado e escasso.
Neste caso, o resultado positivo do setor pode vir da ração adquirida anteriormente a preços menores. Mas, mesmo olhando para o segundo semestre, é válido considerar a possibilidade de que o milho não caia muito, diante das perspectivas de balanço apertado no Brasil, mesmo assumindo uma normalidade da produção da 2ª safra de 2020. Mesmo projetando um cenário de firmeza de preços para a carne de frango, é relevante as quedas de preços.
Apesar do razoável mês de março para o preço da ave, abril começou com quedas em diversas regiões, caso de São Paulo e Paraná, com recuos de 5% e 4%, respectivamente, nos primeiros cinco dias. De toda forma, as exportações de carne de frango in natura tiveram excelente resultado no primeiro trimestre de 2020 ante igual período de 2019, com avanço de 9,6% nos embarques, com a China absorvendo a maior parte da exportação brasileira. Tendência, aliás, que deve continuar este ano, tendo em vista os muitos novos casos de gripe aviária no mundo, principalmente na Ásia e no Leste Europeu.
As exportações do Brasil têm crescido neste ano para a União Europeia, Japão e muitos destinos menos relevantes individualmente, na esteira da boa oferta, preço competitivo e sanidade do produto do Brasil. Internamente, caso haja piora no cenário econômico, a carne de frango tem vantagem comparativa do menor preço ante a carne suína e bovina. Além disso, o rápido ciclo de produção permite ajustes de rota com relativa rapidez e eficiência. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.