08/Abr/2020
Segundo o Itaú BBA, as exportações brasileiras de carne suína para a China devem continuar aquecidas este ano, tendo em vista o grande déficit da proteína no gigante asiático por causa da peste suína africana (PSA). No mercado interno, que absorve 80% da produção, há risco de o consumo patinar, além dos preços, tendo em vista a condição financeira do consumidor local. Se não fosse o número relativamente restrito de plantas com habilitação para a China, a exportação poderia absorver mais facilmente eventuais excedentes, embora o mercado, até o momento, não apresente sobras.
Além disso, é importante que o suíno não perca muita sustentação, de modo a preservar a margem, mas isso também dependerá da dinâmica dos preços da carne bovina, que caminha para o fim de safra podendo apresentar maior oferta pontualmente. Mesmo sob a pandemia de coronavírus, até o momento é baixo o risco de obstruções logísticas internas na cadeia de insumos e produtos suínos, o que é fundamental para o pleno aproveitamento da oportunidade no mercado chinês e sem enfrentar problemas no fluxo interno.
Até o momento, porém, a suinocultura brasileira tem um cenário favorável, apoiada nos bons preços domésticos relativamente aos custos de produção e nas amplas compras da China, que tem absorvido o aumento de produção. Na China, apesar da indicação de que o rebanho de matrizes suínas está se recuperando, já tendo evoluído 10% desde outubro, o preço do leitão subiu 33% em março. Já carne suína se acomodou em 3% no mês, mas ainda foi 145% superior a março/2019, portanto sem qualquer alívio para o consumidor chinês. Assim, neste ambiente, e ainda reportando novos casos de PSA, as importações chinesas seguem fortes, principalmente da Europa, dos Estados Unidos e também do Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.