06/Abr/2020
A redução dos abates por frigoríficos em diferentes regiões do País continua a pressionar o boi gordo. A baixa demanda no mercado doméstico de carne bovina, devido à crise do novo coronavírus, tem feito empresas trabalhar com escalas curtas de abate, comprando bois conforme o desempenho das vendas. Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, os preços registram queda. O enfraquecimento no ritmo de compras de boi gordo sinaliza que o movimento de baixa deve persistir no curtíssimo prazo. A demanda limitada por carnes no mercado doméstico mantém as câmaras frigoríficas cheias e, com o excedente de oferta, as empresas adequam produção à demanda. Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as unidades de abate operam com escalas reduzidas e indicam preços mais baixos pelo boi.
A cotação em Mato Grosso do Sul é de R$ 185,00 por arroba. Em Mato Grosso, a cotação do boi registra queda entre R$ 1,00 e R$ 3,00 por arroba. Em Goiás, há aumento de ofertas de bovinos e em Tocantins, as indústrias preencheram escalas e saíram das compras. A redução do nível de abate por frigoríficos em diferentes regiões do País não está relacionada apenas à demanda fraca, mas também à menor oferta de boi gordo, já que os pecuaristas retêm os bovinos no campo diante do alto custo da reposição. Por isso, há limite para a queda da arroba. Em São Paulo, no atacado, o traseiro bovino avulso apresenta queda, cotado a R$ 15,10 por Kg. A baixa é resultado da paralisação do consumo fora de casa. Nos últimos sete dias, o boi casado castrado acumula recuo de 1,1%, cotado a R$ 13,18 por Kg.