31/Mar/2020
Os preços do boi gordo estão mais valorizados em importantes regiões de comercialização do País, sustentados pelo retorno de frigoríficos às compras para reabastecer estoques a fim de atender o mercado doméstico e também compromissos de exportação. Apesar das incertezas que a crise do novo coronavírus provoca no mercado, a tendência é de firmeza no mercado físico nos próximos dias, sobretudo porque as condições das pastagens permitem que os pecuaristas limitem as ofertas em boa parte das regiões de produtoras. Além disso, a perspectiva de que o consumo doméstico continue aquecido com a aproximação do período de pagamento de salários também pode sustentar o mercado físico de boi gordo.
Os frigoríficos precisam comprar para reabastecer estoques, após uma demanda mais aquecida no atacado de carne bovina na última semana. Com os preços em níveis mais altos, a negociação ganha ritmo e as empresas estão conseguindo alongar um pouco as escalas de abate. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 197,00 por arroba à vista (livre de Funrural). A alta do boi estimulou a oferta por parte dos pecuaristas, permitindo a ampliação do volume de negócios. As indústrias que operavam com escalas apertadas de abate indicam valores mais altos para garantir o abastecimento de plantas.
Em Mato Grosso, os frigoríficos conseguiram ampliar escalas de abate para o meio da próxima semana para cumprir contratos de exportação. Com isso, o boi goro registra alta. A volta da China ao mercado ajuda a dar sustentação às cotações desde meados da semana passada. Em São Paulo, no atacado, a demanda segue firme. Apesar disso, os principais cortes se mantêm estáveis, pois as indústrias avaliam se há espaço para novas altas após a valorização dos dias anteriores. O dianteiro avulso é negociado a R$ 11,90 por Kg e a ponta de agulha, a R$ 11,60 por Kg. O atacado de carne deve continuar com preços firmes nesta semana, já que a proximidade do período de pagamento de salários gera movimentação maior no varejo.