27/Mar/2020
O mercado físico do boi gordo começa a esboçar alguma reação após o choque inicial provocado pela pandemia de coronavírus e a recomendação de quarentena para parte da população brasileira. Mesmo com algumas plantas frigoríficas fechadas, a demanda pelo boi gordo está se intensificando, para recomposição de escalas, visto que o mercado atacadista está demandante. Outro fator que ainda força a alta da do boi gordo trata-se de fundamento do mercado: a oferta restrita de bovinos terminados. Os compradores, aos poucos, estão voltando a indicar preços mais altos pelo boi gordo, com o mercado voltando aos fundamentos. As escalas de abate atendem agora à média de três dias úteis. Assim, o preço registra alta em várias regiões pecuárias.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 191,00 por arroba à vista e a R$ 200,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação está entre R$ 169,50 e R$ 182,00 por arroba à vista e R$ 184,00 por arroba a prazo, a depender da região do Estado. A oferta vigente de bovinos terminados não é suficiente para atender à demanda dos frigoríficos, o que sustenta os preços em algumas regiões do País. O atacado, por sua vez, trabalha para recompor estoques, que foram escoados ao longo do fim de semana (21 e 22 de março) no varejo. Com a quarentena, parte da população preferiu antecipar compras de carne bovina para evitar idas frequentes aos supermercados. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada bovina registra valorização de 4% no acumulado de março, sendo negociada a R$ 14,20 por Kg. Há perspectiva de altas da proteína por causa dos estoques enxutos.