27/Mar/2020
A JBS afirmou que a prioridade da empresa neste momento de crise desencadeada pelo novo coronavírus é o atendimento aos mercados locais onde a companhia tem operações, além da manutenção dos empregos e dos investimentos previstos. Ainda é cedo para avaliar os efeitos que a crise pode ter nos resultados da companhia nos próximos trimestres, mas a diversidade da plataforma de produção é uma vantagem. A empresa ressalta que a prioridade é manter os clientes abastecidos. Temos há o compromisso de manter os empregos e os investimentos anunciados. A JBS tem no mundo 240 mil empregados, sendo mais de 120 mil no Brasil. A companhia anunciou em 2019 investimentos de R$ 8 bilhões a partir deste ano, num prazo de cinco anos. A crise do novo coronavírus afeta a performance das vendas no food service de uma maneira geral, mas o varejo pode compensar as perdas no outro canal de comercialização.
Dada a demanda adicional que ocorre no varejo atualmente em vários lugares, é possível que compense. Haverá problema no food service, mas a empresa tem marcas fortes no varejo. As vendas de carnes das unidades da JBS nos Estados Unidos e no Brasil para a China não devem ser afetadas negativamente pela pandemia. A situação na China já começa a se normalizar após o pico da doença. Além disso, o “gap” de cerca de 20 milhões de toneladas na oferta de carnes na Ásia persiste em decorrência da peste suína africana (PSA) na China. Assim, a empresa espera continuar ampliando seus embarques ao país asiático. As condições são ainda mais favoráveis depois da negociação entre China e Estados Unidos. A empresa evita previsões sobre o desempenho futuro. Mas, a JBS tem flexibilidade para se adaptar a eventuais alterações no perfil do consumo após a crise.
A empresa afirmar ter “um papel social” nesse processo e diversas medidas foram tomadas nas unidades da JBS para garantir a saúde dos trabalhadores diante da pandemia. A listagem da JBS USA na NYSE é uma prioridade para a companhia. O atual contexto não é propício para comemoração, mas o resultado da JBS foi bom no ano passado, com lucro recorde de R$ 6,1 bilhões, redução de dívida líquida e caixa robusto. A empresa nunca esteve tão sólida. A JBS encerrou o ano passado com uma geração de caixa livre de R$ 9,5 bilhões, 110% mais que no anterior. Apesar da desvalorização de 3,9% do real em relação ao dólar, a dívida líquida em Reais da empresa caiu para R$ 43 bilhões, ante R$ 47,217 bilhões em 2018. A receita líquida no ano, também recorde, atingiu R$ 204,5 bilhões (alta de 12,6%), graças ao crescimento das vendas em todas as unidades de negócios da companhia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.