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26/Mar/2020

Suíno: preço sofrem pressão do isolamento social

As recomendações de distanciamento social e decretos municipais e estaduais de quarentenas têm diminuído a demanda de restaurantes, escolas, hotéis e outros serviços de alimentação por carnes. Esse cenário, por sua vez, já tem resultado em menor volume de negociações envolvendo suíno vivo, carnes e cortes e, consequentemente, em fortes quedas nos preços. No mercado de suíno vivo, a baixa mais expressiva nos valores nos últimos sete dias é registrada em São Paulo, na região de São José do Rio Preto (SP), de 10,1%, com o suíno vivo cotado a R$ 5,32 por Kg. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o recuo no preço é de 2,1% no período, com o suíno negociado a R$ 5,75 por Kg.

Em Minas Gerais, a Bolsa da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) registra queda no preço do suíno de R$ 0,50 por Kg. Na região sul do Estado, o suíno tem cotação média de R$ 5,49 por Kg na terça-feira, recuo de 6,5% nos últimos em sete dias. Em Santa Catarina, na região oeste, a queda no preço médio é de 2,3%, com o suíno comercializado a R$ 5,48 por Kg. No Rio Grande do Sul, na região de Erechim, a desvalorização é mais leve, de 0,7% nos últimos sete dias, com o suíno vivo negociado na média de R$ 5,47 por Kg. Segundo os dados da pesquisa de abate divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de suínos abatidos se elevou nos últimos meses de 2019, movimento observado por quatro trimestres consecutivos.

Assim, de outubro a dezembro do ano passado, o volume abatido atingiu 11,89 milhões de cabeças, aumento de 1,2% frente ao trimestre anterior e um recorde. O resultado do trimestre foi impulsionado principalmente em outubro, quando o setor suinícola somou abate de 4,16 milhões de cabeças, aumento de expressivos 10,6% na comparação com setembro. Esse cenário se deve ao intenso ritmo das exportações da carne nos últimos meses de 2019, devido à aquecida demanda chinesa. Apesar do aumento no número de cabeças, o peso médio das carcaças recuou nos últimos meses de 2019, registrando, em dezembro, o menor patamar desde março/2019, de 87,97 Kg, recuo de 1,5% frente a novembro. Os dados reforçam o contexto de baixa disponibilidade de suínos pesados para abate, que vinha sendo apontado desde novembro/2019. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.