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25/Mar/2020

Boi: preços recuam mesmo com vendas no atacado

O mercado físico do boi gordo registra fraca movimentação, após um fim de semana com vendas aquecidas de carne bovina no varejo, reflexo de um movimento de consumidores que temem não conseguir adquirir alimentos por causa das restrições decorrentes da crise da pandemia de coronavírus. As indústrias compram apenas para atender a escalas mais urgentes e agora avaliam o resultado das vendas no atacado nos últimos dias. A oferta de bovinos prontos para abate continua escassa e o alto custo da reposição incentiva os produtores a manter os bois no pasto.

Em Mato Grosso do Sul e na Região Sul do País, onde o baixo volume de chuvas prejudica as pastagens e estimula a oferta de gado, os preços registram baixa. Em Mato Grosso, a suspensão do abate de bovinos por grandes frigoríficos tem gerado apreensão entre os pecuaristas, que só na semana passada contabilizaram uma queda de 10% na arroba do boi, de acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). O boi gordo saiu de uma média de R$ 190,00 por arroba para entre R$ 170,00 e R$ 172,00 por arroba. Apesar da demanda incerta por carne bovina, a oferta ajustada de bois tem garantido sustentação dos preços em algumas regiões do País.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 188,00 por arroba à vista. A expectativa é de que haja vendas a preços acima dos indicados pelo boi gordo na última semana, uma vez que as escalas estão muito curtas, em alguns casos de um a três dias. Mesmo que a demanda seja incerta nos próximos dias, há de se esperar algum consumo. Embora as restrições a bares e restaurantes tenham afetado a demanda no atacado, há aumento nas vendas de carne no varejo. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes no atacado se mantêm estáveis. A ponta de agulha e o dianteiro avulsos permanecem cotados a R$ 11,10 por Kg.