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23/Mar/2020

Boi: preços em queda com a demanda desaquecida

A crise decorrente do novo coronavírus está levando o mercado de boi gordo a buscar um novo patamar de preços, ao menos para o curto prazo. Em São Paulo, após um período sendo negociada na casa dos R$ 200,00 por arroba à vista, o boi gordo está cotado a R$ 190,00 por arroba. Mas, esse patamar é extremamente frágil. A demanda por carne caiu e os frigoríficos responderam fechando plantas, outros estão reduzindo abates. Agora, os preços buscam um equilíbrio. O fluxo de negócios está um pouco maior, mas o volume ainda é pequeno.

A razão é que as ofertas de compras a preços mais baixos afastam boa parte dos pecuaristas. O ambiente é de incerteza no curto prazo e a pressão de baixa deve persistir, sobretudo pelo período do mês. Normalmente, na segunda quinzena, o consumo é menos aquecido, e a crise do coronavírus acentua esse quadro, já que a frequência em restaurantes e hotéis diminuiu. O cenário ainda não se estabilizou, então o boi gordo pode sofrer novas quedas. Apesar da pressão da indústria, os preços podem se recuperar quando houver um horizonte de solução da crise do coronavírus. A oferta de bovinos segue restrita.

Muitos frigoríficos estão fora das compras e a especulação sobre os preços é crescente. Em Minas Gerais, há plantas frigorificas que reduziram o abate em 20% e, mesmo com poucas ofertas, o boi gordo registra queda, cotado a R$ 182,00 por arroba. No Pará, as indústrias estão com as escalas de abate preenchidas para esta semana e indicam valores mais baixos, sem conseguir comprar. A cotação está entre R$ 182,00 e R$ 187,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, os preços registram queda diante da fraca demanda e das incertezas quanto ao escoamento dos cortes nos próximos dias. Tanto o dianteiro avulso e quanto a ponta de agulha estão cotados a R$ 11,10 por Kg.