13/Mar/2020
A Secretaria de Agricultura de São Paulo está realizando um estudo para acelerar em 40% a precocidade de fêmeas. Com base na estratégia chamada Boi 7.7.7, que reduz em 30% o tempo de produção de gado de corte com 21 arrobas, a pesquisa tem a intenção de, por meio de um incremento na nutrição, tornar rentáveis animais que costumam ficar improdutivos na fazenda aguardando até o primeiro emprenhamento. A pesquisa, que se iniciou há mais de um ano, está sendo testada para os cenários de confinamento e com dois níveis de suplementação diferentes e deve ser concluída até o fim do primeiro semestre.
A ideia é que as novilhas desmamadas aos 150 Kg atinjam os 300 Kg em um período de até 14 ou 15 meses, momento em que estariam prontas para ficarem prenhas. O prazo normal costuma variar entre 24 e 26 meses. A produção precoce, nesse cenário, se tornaria viável pela utilização de suplementação na alimentação dos bovinos. Se o produtor conseguir viabilizar essa tecnologia na fazenda, vai conseguir reduzir em 1 ano o período que esse bovino não estaria gerando receita. Envolvendo a necessidade de aumentar a suplementação de forma específica para cada animal e condição da fazenda, o sistema não é adequado para qualquer produção. O produtor precisa calcular o custo, com base nos preços dos grãos locais e no porte dos bovinos previstos para iniciar o processo.
Onde os grãos são mais caros, o custo adicional de uma nutrição específica pode não valer a pena. Outro fator que precisa ser considerado é o porte das bezerras. Se elas são mais pesadas, vão exigir um menor aporte nutricional, podendo tornar viável a estratégia. As fêmeas que mesmo após passarem por esse processo e atingirem o peso necessário não conseguirem ficar prenhas no período esperado também podem ser revertidas em lucro para o produtor. O encaminhamento desses bovinos para o abate precoce pode resultar em um valor mais alto, com a venda de uma carcaça com maior valor agregado, que pode direcioná-la para o mercado gourmet. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.