12/Mar/2020
A oferta de boi gordo para abate continua limitada em grande parte das regiões de comercialização do País, mas a demanda contida no atacado de carne bovina tem segurado novas valorizações da arroba. O mercado registra baixa liquidez. Em São Paulo, o boi gordo se mantém estável, a R$ 202,00 por arroba a prazo. Nos últimos 30 dias, a cotação do boi gordo registra alta de 1,5%, ou R$ 3,00 por arroba. No atacado, a carcaça casada do boi é comercializada a R$ 13,82 por Kg, valorização de 1,92% na parcial de março.
Houve valorização na virada do mês, com o pagamento de salários na primeira semana de março, mas o patamar dos preços recuou na comparação com os meses anteriores. O mercado de carne tem dificuldade para avançar. Em Mato Grosso, o boi gordo registra alta em algumas regiões. Os pecuaristas ainda resistem a tentativas das indústrias de comprar a preços mais baixos e retêm o gado no pasto. Em Rondônia, frigoríficos fecharam negócios a preços mais altos, para preencher escalas de abate até a próxima semana. No Pará, também há valorização.
Mas, na maior parte das regiões pecuárias, os preços se mantêm estáveis. Além de a entrada de massa salarial na primeira quinzena de março não ter gerado os reflexos positivos esperados na demanda por cortes bovinos no mercado doméstico, o avanço da coronavírus no mundo afetou os embarques de carne bovina do Brasil na primeira semana de março. A média diária registrada foi de 5,69 mil toneladas, 7,44% menos que no mês anterior e 8,84% abaixo de igual período em 2019.