11/Mar/2020

O mercado físico de boi gordo registra fraca movimentação. Em São Paulo, os preços se mantêm estáveis e a oferta segue limitada. O boi gordo está cotado a R$ 202,00 por arroba a prazo. As escalas de abate dos frigoríficos atendem a cinco dias. As indústrias estão fazendo um balanço de vendas de carne da semana anterior e traçando estratégias para os próximos dias. Na Região Norte do País, os frigoríficos estão reduzindo as compras e os pecuaristas que precisam se capitalizar ampliam as ofertas. As turbulências mundiais ainda não influenciaram o mercado físico de boi gordo. Mas, as preocupações com o comportamento da demanda externa por carne bovina estão levando os frigoríficos a reduzirem as compras de gado no Pará e em Tocantins.

Nestes Estados, os frigoríficos estão afastados das compras, cautelosos com a demanda externa. O principal receio é com efeito do coronavírus nas compras de carne bovina do Brasil, principalmente pela China. Embora já tenham surgido sinais de que negócios de exportação para o país voltaram a ser fechados, os importadores, de uma maneira geral, estão mais recuados. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 187,00 por arroba. Em Tocantins, a cotação é de R$ 185,00 por arroba. Em regiões com oferta mais restrita de boi, em decorrência de questões climáticas, como Minas Gerais, os preços registram alta.

Em Minas Gerais Estado, o boi gordo está cotado a R$ 195,50 por arroba prazo. Há preocupações com o mercado interno de carne bovina, devido a problemas na economia do País. Assim, a indústria tem dificuldades em aumentar os preços do produto, pois isso poderia levar a uma diminuição da demanda. A alta do dólar sobre o Real pode ser positiva para as empresas que exportam carne bovina, pois o produto brasileiro fica mais competitivo. No entanto, o pânico no mercado financeiro pressionou todas as empresas de carnes na B3 e os fundamentos ficaram em segundo plano. Os investidores buscam ativos mais seguros sem analisar os setores individualmente.