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05/Mar/2020

Boi: preço segue sustentado pelas ofertas restritas

A oferta restrita de bovinos para abate continua, o que contribui para manter os preços do boi gordo firmes no mercado físico. Outro fator que impede que as cotações cedam são sinais de início da retomada nas vendas no atacado de carne bovina. Assim, tanto no físico quanto nos futuros do boi gordo na B3 a arroba apresenta valorização. As escalas de abate estão abaixo do normal para esta época do ano, o que reflete a situação da oferta de bovinos, mas também uma mudança na dinâmica do mercado.

Em São Paulo, a cotação do boi gordo se mantém estável em R$ 202,00 por arroba a prazo. A comercialização ainda é lenta porque a boa qualidade das pastagens permite que os pecuaristas mantenham as boiadas nas fazendas. As escalas de abate dos frigoríficos estão em quatro dias úteis atualmente, abaixo dos seis dias, historicamente a escala normal para este período do ano. Além de refletir a estratégia do pecuarista de vender bois de forma mais compassada, as escalas menores são resultado também de uma mudança no comportamento dos consumidores, principalmente nos grandes centros, que estão comprando de forma mais comedida, mais atentos aos preços.

Os frigoríficos têm trabalhado com escalas mais curtas porque ficou mais difícil colocar carne no varejo. Assim, o frigorífico tem comprado bovinos para abater à medida que o atacado vende a carne. O movimento dos preços no atacado já sinaliza um início da retomada da demanda em função do período de início de mês. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 13,50 por Kg. A expectativa de maior demanda por carne com o pagamento de salários pode dar fôlego ao mercado do boi gordo.