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03/Mar/2020

Boi: preços estão firmes com as ofertas restritas

O cenário de firmeza de preços para o boi gordo se manteve ao longo de todo o mês de fevereiro. As cotações estiveram bem acima de igual mês do ano passado. O motivo principal é a oferta restrita de boiadas, pois o pecuarista ainda prefere manter os bois no pasto do que liberar grandes lotes aos frigoríficos. As vendas ocorrem mais por necessidade de criador pagar contas, por isso são pontuais. Nos próximos dias, a expectativa é de que, com o início do mês e o pagamento dos salários, o mercado atacadista libere mais estoques de carne bovina para o varejo e, assim, movimente o mercado físico do boi gordo, o que pode trazer avanços nos preços. De maneira geral, entretanto, o consumo da proteína vermelha tem patinado.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 200,00 por arroba à vista e R$ 202,00 por arroba a prazo. Os preços estão estáveis na maior parte das regiões. Há queda na cotação apenas em Goiás, para R$ 188,00 por arroba à vista, e no Pará, a R$ 181,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ R$ 185,00 por arroba à vista. No Maranhão, o boi gordo é cotado a 179,50 por arroba à vista. Em Rondônia, o preço praticado é de R$ 173,00 arroba à vista e em Tocantins, R$ 186,00 por arroba. No Acre, o boi gordo está cotado a R$ 158,50 por arroba. Nos últimos 30 dias, as maiores valorizações no mercado físico ocorreram em Tocantins (+10,59%); no Pará (+9,53%) e em Rondônia, com avanço de 9,38%.

Em São Paulo, a cotação subiu 6,88% durante o mês de fevereiro. O único Estado que registrou queda na referência no mês passado foi Santa Catarina, com 1,1% de desvalorização. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado está 24% acima da média de fevereiro do ano passado. Diante disso, a diferença entre os preços da arroba bovina e da carne se ampliou para R$ 10,25, com vantagem para a carcaça casada negociada no atacado. Essa é a maior diferença desde junho de 2018.