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26/Fev/2020

Boi: confinamentos deverão se expandir em 2020

A Associação Brasileira de Pecuária Intensiva (Assocon) já esperava um ano muito bom para a atividade de confinamento de bovinos de corte este ano. Agora a expectativa se reforça, após o anúncio da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, de que os Estados Unidos voltarão a comprar carne bovina in natura do Brasil. Com a China continuando a comprar a carne brasileira e, agora, com os Estados Unidos voltando a importar, o ano deve ser muito bom para o setor. Do total de bovinos confinados todo ano no País - a maior parte do segundo semestre -, 65% têm a carne destinada à exportação. No ano passado, a atividade já havia crescido 5%, para 3,5 milhões de bovinos engordados no cocho entre os 1,4 mil associados da Assocon. Para este ano ainda não foi feito levantamento, mas certamente a atividade vai crescer, segundo a entidade. Os únicos fatores limitantes ao avanço da pecuária intensiva este ano é o alto preço do gado magro - que entrará no cocho para engorda à base de ração - e a cotação do milho - o principal alimento dos bovinos confinados, ao lado do farelo de soja.

O indicador do milho atingiu o maior valor nominal desde junho de 2016, fechando a R$ 52,42 por saca de 60 Kg na região de Campinas/SP. De todo modo, mesmo com o aumento de custos, a oferta de carne bovina ainda deve ser limitada este ano, já que o rebanho está sendo recomposto, após o intenso abate de fêmeas nos últimos anos. Também há expectativa de maior consumo interno de carne. Assim, a demanda da indústria num mercado físico com oferta restrita pode manter a arroba bovina valorizada e estimular o confinamento. Com a abertura do mercado norte-americano à carne bovina in natura brasileira, será possível, mais à frente, acessar outros valiosos mercados, como Japão e Coreia do Sul. São países nos quais há tempos o Ministério da Agricultura, juntamente com a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) vêm trabalhando. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.